sexta-feira, 27 de maio de 2011

Nota de solidariedade aos trabalhadores de luta do Sindsaúde/SC

No Brasil, na sua unidade orgânica com atual crise internacional do capitalismo que veio à tona com maior radicalidade em 2008, a expressão mais recentemente explosiva da luta do trabalho contra o capital foi a greve de 80 mil trabalhadores nos canteiros de obras do PAC, em protesto contra os baixos salários e as péssimas condições de trabalho impostas pelas grandes empreiteiras, empresas multinacionais como Odebretch, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e outras. As revoltas dos trabalhadores da construção civil foram manifestações espontâneas de indignação contra a superexploração e a repressão de seguranças e forças policiais a serviço dos capitalistas.


As centrais sindicais governistas foram chamadas pelo Governo Dilma a negociar com as empreiteiras e a conter o ânimo dos trabalhadores, pois o medo do governo era que as revoltas se espalhassem pelo conjunto de obras do PAC, que empregam cerca de um milhão de operários. As centrais sindicais “chapa branca” cumpriram, uma vez mais, com este episódio, o papel de amortecedores da luta de classes, mais preocupadas com a continuidade da política governista de aceleração do capitalismo no país do que com as necessidades urgentes dos trabalhadores.

O aparato oficial do sindicalismo brasileiro hoje, comandado pela CUT e pelo PT, é extremamente eficiente em seu papel de domesticador das lutas operárias. O processo de consolidação da hegemonia burguesa no Brasil, como resultado mesmo do desenvolvimento e expansão do capital monopolista brasileiro, plenamente associado, de forma subalterna, ao imperialismo, buscou, por meio de mecanismos de coerção econômica, pela violência aberta ou através de processos de alienação e de convencimento, induzir o conjunto da classe trabalhadora à passividade.

É parte dessa ataque do aparato “chapa branca” contra a classe trabalhadora a tentativa de levar a eleição do Sindsaúde/SC para o campo jurídico. Nos dias 25, 26, 27 deste mês maio serão realizadas as eleições do Sindsaúde/SC, um sindicato combativo, democrático, defensor intransigente da classe trabalhadora, engajado na luta contra as privatizações do setor da saúde, que a Chapa 2, ligada à CUT (que nas ultima eleições perdeu por uma enorme maioria) pretende vencer no “tapetão”, retirando a decisão da mão dos trabalhadores. Para alcançar tal objetivo a CUT através do seu setor jurídico dá suporte ao legalismo e a burocracia sindical. Busca com liminares suspender as eleições alegando não cumprimento de prazos, tentativas que foram rapidamente derrubadas, mas demonstram limpidamente os métodos do sindicalismo “chapa branca”. Tensionando a Comissão Eleitoral, pretende inviabilizar todo o processo, esperando ganhar a eleição de forma arbitrária, antidemocrática.

A Unidade Classista se solidariza com o Sindsaúde/SC e rechaça as tentativas autoritárias de controle sindical.

Corrente Sindical Unidade Classista/ Santa Catarina
UNIR E EMANCIPAR A CLASSE TRABALHADORA!

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