Os ataques à classe trabalhadora e aos serviços públicos seguem de forma acelerada pelo prefeito César Sousa Jr (PSD). No dia 1° de Abril foi publicado em Diário Oficial o Decreto 15.959 que estabelece uma série de medidas de austeridade como a não contratação de novos servidores, não concessão de licença-prêmio e diversos outros ataques diretos aos servidores. Os cortes também atingem a disponibilização de materiais para os locais de trabalho. Nos postos de saúde, itens básicos para o trabalho diário começam a faltar e a SMS orienta que os trabalhadores devem limitar o uso e a disponibilização aos pacientes de materiais de enfermagem. Em outras palavras, a prefeitura exige que os trabalhadores se adaptem a uma situação precária de trabalho e faz com que a população sofra diretamente os efeitos destes cortes no orçamento. A situação de precariedade não é diferente nas creches, escolas e centros de assistência social. Pra coroar todo o pacote de maldades, o Prefeito não cumpre com o Acordo Coletivo de Trabalho conquistado com muita luta em mais de duas semanas de greve. Não foi paga a segunda parcela do PCCV (20%) nem o enquadramento das Auxiliares de Sala na Classe Técnico do novo Plano. Isso significa perdas reais de salário aos servidores bem como o atraso na implementação do novo Plano de Carreira já parcelado em quatro anos.
Para enfrentar todo esse quadro de ataques, a direção do Sintrasem na Assembléia do dia 24/05 em uma clara manobra política, propõe uma paralisação de 24h aguardando a agenda nacional da CUT. A paralisação de hoje (10/06/2016) coloca a assembleia para às 13h na clara intenção de fortalecer o ato nacional “Fora Temer” chamado pela CUT que tem como pano de fundo a defesa incondicional do Governo Dilma. Não reconhecemos a legitimidade do governo Michel Temer, mas se há um golpe em curso neste país, o golpe é contra a Classe Trabalhadora e já iniciado no governo PT! Seguindo a agenda CUTista, a direção do Sintrasem, que deveria promover atos de enfrentamento direto ao prefeito César Sousa Jr., entra no clima do “Fora Temer”, que na prática reduz o debate dos problemas reais dos trabalhadores para uma pauta governista pró-governo PT. A proposta da Unidade Classista é de que a diretoria proponha atos de enfrentamento direto ao prefeito de Florianópolis exigindo o cumprimento do Acordo Coletivo 2016, pagamento da segunda parcela do PCCV e PCS do civil e a retirada do decreto 15.959. Não temos tempo a perder! Somente com a unidade da categoria em torno das pautas diretas dos trabalhadores e trabalhadoras municipais é que poderemos trilhar um caminho de batalhas vitoriosas. Chega de governismos e conciliação de classes!
OS ATOS NACIONAIS DO DIA 10 DE JUNHO:
As Frentes Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, convocam os trabalhadores para um dia de paralisação em torno da pauta “Fora Temer! Por nenhum direito a menos! Pela previdência pública! Não ao golpe!” A Unidade Classista não tem desacordo com esta pauta. Não reconhecemos o governo golpista de Michel Temer e também lutamos pela manutenção e ampliação dos direitos da Classe Trabalhadora. Mas o debate não para por aí. É preciso fazer uma análise concreta da situação política no Brasil. Se há um golpe em curso, esse golpe é contra os trabalhadores! Desde o ajuste fiscal até os ataques sociais contra as parcelas mais oprimidas da nossa sociedade que já começaram no governo Dilma em aliança com os partidos e setores mais reacionários deste país e dentro do Congresso Nacional. O grupo de ministros de Michel Temer em sua grande maioria foram ministros e “homens de confiança” dos governos Lula e Dilma. Portanto, não dá pra reduzir o debate apenas com o “Fora Temer” e dar vivas ao governo que já vinha atacando a Classe Trabalhadora. O impeachment de Dilma ainda que até o momento não tenha havido nenhuma comprovação de ilegalidade contra ela, se deu também pela perda de popularidade política e social. Logo ao assumir seu segundo mandado em 2015, passou a aplicar uma política totalmente contrária à que havia prometido durante a campanha eleitoral, com um plano econômico e social digno do mais duro Neoliberalismo. Dilma para salvar patrões, banqueiros e empresários optou por uma política duramente antipopular, o que fez com que a direita e os setores mais reacionários e conservadores se aproveitassem desta fragilidade para uma postura mais ofensiva e desestabilizadora. Diante deste quadro, defendemos que a saída da crise é pela esquerda! Com a construção de um Encontro Nacional da Classe Trabalhadora (ENCLAT) para construirmos uma alternativa de poder popular aos trabalhadores de caráter Anticapitalista e Anti-imperialista para de fato lutarmos contra o avanço conservador e reacionário e contra todas as retiradas de direitos inclusive as já iniciadas no governo Dilma. NENHUM DIREITO A MENOS! LUTAR! CRIAR PODER POPULAR!
Unidade Classista Santa Catarina
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