Estamos vivendo um dos mais brutais
ataques à classe trabalhadora na história de nosso país. Tudo isso tem como
pano de fundo, o ajuste fiscal, com a retirada de direitos dos trabalhadores e de direitos
sociais. No plano internacional, o que vemos é um aprofundamento da crise
capitalista que tem colocado esse mesmo projeto de ajustes e de perdas para
todos os povos do mundo, haja vista, as gigantescas mobilizações dos
trabalhadores como na França, na Índia e na Argentina.
O
governo federal, capitaneado pelo ilegítimo Michel Temer, tem como meta aprovar
a reforma trabalhista, que praticamente acaba com as garantias que ainda temos
na CLT. Entre as várias perdas está á reforma previdenciária que iguala tempo
de serviço e idade para homens e mulheres, penalizando ainda mais as
trabalhadoras, que além da jornada de trabalho, costumam ter a jornada
doméstica de trabalho.
Os
ataques mais imediatos são os desferidos contra o serviço público, através do
PL 257 e da PEC 241 que pretendem congelar os concursos públicos, não tendo
ampliação dos serviços básicos ofertados, como saúde e educação; congelamento
do orçamento, impedindo o investimento em áreas estratégicas e essenciais,
levando-as ao sucateamento e desmantelamento. Estas medidas atacam e afetam
diretamente os trabalhadores da educação, que além de ter o congelamento dos
salários, ou seja, não teremos mais reposição salarial, nem investimentos em
melhorias das escolas, sofreremos com o contingenciamento do orçamento,
precarizando escolas e programas de apoio à educação, etc..
Somados
a esses ataques do governo federal, temos já em implantação a reorganização
escolar, que pretende fechar um conjunto de escolas, limitando o acesso das
comunidades ao espaço escolar. Seguido a essa reorganização escolar vem à
entrega das mesmas as Organizações Sociais (OS), ou seja, seriam administradas
pelo setor privado, com a lógica mercantil. Este cenário irá precarizar ainda
mais as condições de trabalhos dos educadores. Outro ataque letal é a lei da
mordaça, que pretende restringir nosso trabalho na sala de aula, não permitindo
que possamos nos expressar livremente sobre nossas posições científicas,
filosóficas, políticas, constituindo numa afronta direta ao trabalho docente e
a perspectiva de educação libertadora e emancipadora.
Essa
lista de ataques parece não ter fim e ainda tem na pauta urgente a reforma
curricular que pretende extinguir disciplinas e reorganizar completamente o
currículo no Ensino Médio, implicando o fim de trabalho para muitos
professores, além de estar vinculado a uma formação totalmente tecnicista.
Soma-se a tudo isso, um conjunto de arbitrariedades sobre os educadores que não
tem fim, todos aqueles que de alguma forma protestam contra as péssimas
condições de trabalho, sofrem processos administrativos; aqueles que lutam,
sofrem com o risco de não conseguirem progressão devidos às faltas injustamente
anotadas em sua ficha funcional.
Nesse
quadro, em que os ataques vem de todos os lados, é que faz-se necessário que
consigamos unificar uma pauta de defesa dos interesses dos trabalhadores em
educação e no nosso entendimento, o melhor caminho para isso é somar-se aos
esforços de construção da greve geral, e os professores serem protagonistas na
luta em defesa da educação pública.
Nesse
sentido, nós da Unidade Classista, decidimos que o nosso intuito é de tentar
articular todo o conjunto de lutadores para que possamos resistir aos ataques
que estão sendo desferidos para cima dos trabalhadores em educação e para cima
de todos os trabalhadores em geral. Por entendermos isso, propomos um plano de
lutas que unifique os trabalhadores e construa uma perspectiva de unidade
concreta. Para tanto apontamos que este plano de luta priorize:
-
Ampliação da formação sindical e política, com foco no entendimento dos ataques
a educação pública estatal (PL 257, PEC 241, lei da mordaça, base nacional
comum, reforma curricular, reorganização escolar, OS e militarização das
escolas, etc.);
- Criação de fóruns regionalizados, a
exemplo do Fórum de Educação do Maciço do Morro da Cruz, que possam organizar e
mobilizar as comunidades em torno de suas pautas e na defesa da escola pública
estatal;
- Redução do repasse financeiro a CUT e
CNTE e o uso desses recursos na ampliação da liberação de dirigentes e
conselheiros para trabalhar na organização dos trabalhadores e na concretização
de ações de formação;
- Antecipação do congresso do Sinte/SC
para reconstrução da pauta de lutas e organização do sindicato frente ao
conjunto de ataques colocados;
- Ampliar diálogo com outros sindicatos
e movimentos sociais como forma de ampliar a frente em defesa da escola pública
e estatal.
- Unificar a luta e plano de lutas com
as universidades públicas estatais como forma de defender os espaços de
formações democráticos e para os trabalhadores.
Fora Temer! Fora Colombo! Fora
Deschamps!
Nenhum direito a menos! Construir a
Greve Geral!
Unidade Classista, futuro socialista!
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