quinta-feira, 22 de setembro de 2016

22 e 29/09: unir as lutas pra emancipar a classe!

Vivemos um cenário de risco real de retrocesso nos direitos da classe trabalhadora. Na sua posse, o presidente usurpador Michel Temer disse querer “modernizar” as leis trabalhistas. Seu Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira (PTB), um pastor da Assembleia de Deus indicado pelo “mensaleiro” Roberto Jeferson, defende abertamente ataques aos direitos tais como a terceirização ilimitada e a jornada diária de 12 horas, sem falar no projeto do “negociado acima do legislado”, que na prática rasga por completo a CLT! Além disso, o governo acena com uma nova (contra) reforma trabalhista, numa clara prova de compromisso com os interesses dos grandes grupos empresariais, especialmente os banqueiros.

Muito além das medidas do governo, a crise e o desemprego por si só facilitam o agravamento da exploração capitalista, permitindo uma maior extração de valor (aumento da jornada de trabalho, da idade mínima de aposentadoria, do trabalho escravo, do rebaixamento dos salários, da ampliação do ritmo e da intensidade de trabalho, etc.). Por isso, as crises só tendem a dificultar ainda mais as condições de mobilização da classe, o que facilita a implementação dos ajustes e das (contra) reformas estruturais necessárias aos interesses do dos patrões e de seu Capital.

Neste cenário, as principais centrais sindicais decidiram convocar um Dia Nacional de Mobilização, com paralisações e passeatas em todos os estados. Dentre tais centrais, porém, há aquelas que apoiam o governo ilegítimo (Força Sindical, UGT, NCST) e dizem esperar que o governo “cumpra os compromissos assumidos”, sem dizer quais foram estes compromissos… Já a CUT e a CTB (aliadas do ex-governo Dilma e que atuaram como freio da luta na última década), se dividem entre um “esquenta da greve geral” e a palavra de ordem “Diretas já”.

Para nós da Unidade Classista, por mais justas e aguerridas que sejam as manifestações e protestos, estas não terão por si só a força necessária para derrotar a avalanche de ataques que estão a caminho. Os patrões e seu governo ilegítimo só serão curvados se seus lucros forem afetados com a massiva entrada em cena da classe trabalhadora, via Greve Geral (a última foi a de março de 1989, que mobilizou 35 milhões de trabalhadores, 70% da força de trabalho, contra a política econômica do governo Sarney). Somente com a Greve Geral se poderá barrar os ataques e abrir um novo ciclo, no qual os trabalhadores redescubram sua força e sua consciência de classe, diminuindo o espaço ocupado pelo conservadorismo e gerando as condições para que a classe além da resistência e volte a sonhar com um futuro onde o poder pertença aos trabalhadores, um futuro socialista.

Assim, a Unidade Classista convoca seus militantes, amigos e simpatizantes a somar forças aos atos dos dias 22/09 (Dia Nacional de Mobilizações) e 29/09 (Dia Nacional de Paralisação dos Metalúrgicos), se fazendo presente nas greves, paralisações e manifestações que ocorrerão por todo o país. Também apontamos para a necessidade dos movimentos sindical, popular e classista convergirem a um novo Encontro Nacional da Classe Trabalhadora (ENCLAT) para a construir uma plataforma política comum, capaz de reorganizar a classe e unificar as lutas contra o capitalismo e o imperialismo.

FORA TEMER! NENHUM DIREITO A MENOS!
CONSTRUIR A GREVE GERAL!

Unidade Classista

ucsantacatarina@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário