Vivemos
um cenário de risco real de retrocesso nos direitos da
classe
trabalhadora.
Na sua posse, o presidente usurpador Michel Temer disse querer
“modernizar”
as leis trabalhistas. Seu
Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira (PTB),
um pastor
da Assembleia de Deus indicado pelo “mensaleiro”
Roberto Jeferson, defende
abertamente ataques
aos
direitos
tais
como
a
terceirização
ilimitada e
a
jornada
diária de 12 horas, sem
falar no
projeto do “negociado
acima
do
legislado”, que
na prática rasga por completo
a CLT! Além disso, o governo acena com uma
nova
(contra)
reforma trabalhista, numa
clara
prova
de compromisso com os interesses dos grandes
grupos empresariais,
especialmente
os
banqueiros.
Muito
além das medidas do
governo, a
crise e o
desemprego
por
si só facilitam
o agravamento da
exploração capitalista, permitindo
uma
maior
extração de valor (aumento
da jornada de trabalho,
da
idade mínima de aposentadoria, do trabalho escravo, do
rebaixamento
dos salários, da
ampliação
do
ritmo e da intensidade
de trabalho, etc.).
Por
isso, as crises só tendem a dificultar
ainda
mais as
condições de
mobilização da classe,
o
que facilita a
implementação dos ajustes e das (contra) reformas estruturais
necessárias aos
interesses
do dos
patrões e de seu Capital.
Neste
cenário,
as principais centrais sindicais decidiram convocar um Dia Nacional
de Mobilização, com paralisações e
passeatas em todos os estados. Dentre
tais centrais, porém, há
aquelas que apoiam o governo ilegítimo (Força Sindical, UGT, NCST)
e dizem esperar que o governo “cumpra os compromissos assumidos”,
sem
dizer
quais
foram
estes
compromissos…
Já
a CUT
e a
CTB
(aliadas
do ex-governo Dilma e que atuaram
como freio
da luta na
última década),
se dividem entre
um “esquenta da greve geral” e a palavra de ordem “Diretas já”.
Para
nós
da
Unidade Classista, por mais justas e aguerridas que sejam as
manifestações e protestos, estas
não
terão
por si só
a força necessária para derrotar
a
avalanche de ataques que estão a
caminho.
Os
patrões e seu governo ilegítimo só serão
curvados
se seus
lucros forem afetados com
a
massiva
entrada em cena da
classe
trabalhadora,
via
Greve
Geral
(a
última foi
a
de março de 1989,
que mobilizou 35 milhões de trabalhadores, 70% da força
de trabalho,
contra a política econômica do governo Sarney).
Somente
com
a Greve Geral
se
poderá
barrar
os ataques e abrir um novo ciclo, no
qual os trabalhadores redescubram
sua força e
sua
consciência de classe, diminuindo
o
espaço ocupado
pelo
conservadorismo
e
gerando
as condições para que a
classe
vá
além da resistência e
volte a sonhar com um futuro onde o poder pertença aos
trabalhadores, um futuro socialista.
Assim,
a Unidade Classista convoca seus
militantes, amigos e simpatizantes a somar forças aos atos
dos dias
22/09 (Dia
Nacional de Mobilizações) e 29/09 (Dia Nacional de Paralisação
dos Metalúrgicos), se
fazendo
presente nas greves, paralisações e manifestações que ocorrerão
por todo o país. Também
apontamos
para a necessidade dos
movimentos
sindical, popular e classista convergirem a
um novo Encontro Nacional da Classe Trabalhadora (ENCLAT) para a
construir
uma plataforma política comum, capaz de reorganizar
a
classe
e
unificar
as lutas contra o capitalismo e o imperialismo.
FORA
TEMER! NENHUM DIREITO A MENOS!
CONSTRUIR
A GREVE GERAL!
Unidade
Classista
ucsantacatarina@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário