sábado, 11 de março de 2017

Resistir aos ataques à Previdência e à CLT

Vivemos uma conjuntura catastrófica: mais de 22 milhões de trabalhadores/as desempregados/as; 6,2 milhões de famílias sem moradia digna; serviços públicos deteriorados; salários desvalorizados (muitos pagos com atraso); jornada de trabalho cada vez mais longa e intensa; proliferação das terceirizações e da precarização. Como se isso não bastasse, temos sido forçados a conviver com um governo federal ilegítimo. Os golpistas aprovaram a PEC 55, como exigia a burguesia, congelando investimentos públicos pelos próximos vinte anos! O pagamento de juros da “dívida pública” foi garantido, enquanto direitos sociais previstos na Constituição, como saúde e educação, terão cortes reais ano a ano.

A previdência não está quebrada. Quem a quebra é o governo, ao desviar bilhões do fundo para o pagamento de juros da dívida, muito mais do que o chamado "rombo". Querem quebrá-la para termos de pagar previdência privada e dar lucro aos bancos. Não querem "modernizar" a CLT. Querem, sim, retirar direitos trabalhistas para aumentar nossa exploração e aumentar o lucro dos grandes empresários. Tudo isso é levado a cabo pelo governo Temer, “puro-sangue da burguesia”, que veio para aprofundar a exploração capitalista e o desmonte do Estado iniciado pelos governos anteriores.

Conheça os principais ataques contra nós trabalhadores/as:

Contra-reforma da Previdência

> Tempo mínimo de contribuição de 49 anos para receber a aposentadoria integral;
> Idade mínima de 65 anos para aposentadoria para homens e mulheres (incluindo agricultores), aumentando o tempo médio de contribuição do brasileiro em dez anos;
> Valor da aposentadoria passa a ser calculado pela média de todas as contribuições, sem retirar as 20% menores contribuições;
> Fim da aposentadoria integral por invalidez, exceto para acidente de trabalho;
> Redução do valor da pensão por morte para 50% da aposentadoria;
> Aumento do tempo para aposentadoria especial (trabalho em condições insalubres);

Contra-reforma trabalhista

> A jornada de trabalho poderá aumentar de 8 para 12 horas diárias. Na prática, isso significa uma redução no pagamento das horas extra;
> Fim dos planos de cargos e salários;
> Ampliação do banco de horas, na prática outra forma de reduzir salários;
> Vinculação da remuneração à produtividade;

A Unidade Classista faz um chamado a todos os trabalhadores, entidades combativas e movimentos populares para cerrarmos fileiras contra as medidas do governo construindo uma greve geral em 2017. Urge a realização de um Encontro Nacional da Classe Trabalhadora para definir os rumos da resistência e da contraofensiva do trabalhador, que é quem produz as riquezas do país.

Unir os trabalhadores para barrar os ataques do capital !
Unir as lutas para emancipar a classe trabalhadora !

Unidade Classista Santa Catarina

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